quarta-feira, 8 de maio de 2013

Ad Infinitum.

O constante amargo. A dor na boca do estômago. Algo errado. Algo sempre errado. Esperando. Embaralhado. Na luz laranja um rosto pela metade, a fumaça escapando sorrateira pelos cantos da boca, no frio, apenas meio-vestida. Esperava. A fumaça do cigarro e a fumaça do frio. Metade. O gosto ardente descendo pela garganta. A permanente sensação de ânsia. Do quê? Segundas que não eram mais do que terças-quartas-quintas-sextas-sábados-domingos-segundas. O frio. O calor. O azul. O vermelho. Olhos desafiadores no escuro. Pesadelos. O sabor de se deixar. Peso. Tanto peso. Tanto. Tão pouco. Se encher com um sentimento açucarado que não volta nunca mais ao tamanho certo. Sim. Se debater contra a parede na esperança de que seja uma janela. E agora? É melhor do que. Qualquer coisa é.

2 comentários:

  1. Gosto das coisas que escreve! Parabéns! Também tenho essa sensação de estar me debatendo na parede, de ânsia de algo que não sei o quê.

    ResponderExcluir